domingo, fevereiro 29, 2004
Ponho-me a saltitar de blog em blog e lá se vai o tempo...
sábado, fevereiro 28, 2004
Não sou esperto nem bruto
nem bem nem mal educado:
sou simplesmente o produto
do meio em que fui criado.
António Aleixo
nem bem nem mal educado:
sou simplesmente o produto
do meio em que fui criado.
António Aleixo
quinta-feira, fevereiro 26, 2004
Uma pausa, uma inspiração...
Tenho tanto sentimento
Que é frequente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.
Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.
Qual porém é a verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar.
(Fernando Pessoa)
Que é frequente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.
Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.
Qual porém é a verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar.
(Fernando Pessoa)
segunda-feira, fevereiro 23, 2004
O Gusmão
Lembro-me do (Dr.?) Gusmão criança a cantar num coro.
Depois, já com a sua qualidade de militante/dirigente do CDS-PP, lembro-me de ler um artigo na Visão em que repugnava o seu fanatismo. Foi tal a repugnância que não me lembro do que tratava o artigo.
Agora, apenas vou ouvindo ecos na blogosfera dos seus feitos e desfeitos.
Tive pena de vê-lo. É que acredito que os cabelos brancos não lhe venham tanto dos afazeres e preocupações, mas mais das minusculas que lhe dedicam.
Depois, já com a sua qualidade de militante/dirigente do CDS-PP, lembro-me de ler um artigo na Visão em que repugnava o seu fanatismo. Foi tal a repugnância que não me lembro do que tratava o artigo.
Agora, apenas vou ouvindo ecos na blogosfera dos seus feitos e desfeitos.
Tive pena de vê-lo. É que acredito que os cabelos brancos não lhe venham tanto dos afazeres e preocupações, mas mais das minusculas que lhe dedicam.
O Monte a manter
Gonçalo Ribeiro Teles defende hoje no Público, e mais uma vez, a preservação de Monsanto.
Concordo plenamente que deva preservar-se aquele que é tratado (mas que duvido que seja realmente) como o pulmão de Lisboa.
Já estando atravessado por algumas vias (estradas e auto-estradas) e dispondo de parques infantis e de zonas de lazer acho que Monsanto está com a ocupação ideal, não me parecendo adequado que se transfira para esse parque a Feira Popular.
Se não me chocam ver parques infantis em Monsanto, já me chocará ver a montanha russa e outros equipamentos gigantes no meio do verde.
Para além disso, decisões como esta podem signficar apenas o começo. A feira leva os seus comerciantes. Estes reclamarão vizinhos. Os vizinhos quererão os seus lotes para construir. Onde iremos parar?
Concordo plenamente que deva preservar-se aquele que é tratado (mas que duvido que seja realmente) como o pulmão de Lisboa.
Já estando atravessado por algumas vias (estradas e auto-estradas) e dispondo de parques infantis e de zonas de lazer acho que Monsanto está com a ocupação ideal, não me parecendo adequado que se transfira para esse parque a Feira Popular.
Se não me chocam ver parques infantis em Monsanto, já me chocará ver a montanha russa e outros equipamentos gigantes no meio do verde.
Para além disso, decisões como esta podem signficar apenas o começo. A feira leva os seus comerciantes. Estes reclamarão vizinhos. Os vizinhos quererão os seus lotes para construir. Onde iremos parar?
domingo, fevereiro 22, 2004
Outros Carnavais
Passados 12 anos regresso a São Miguel em alturas de Carnaval.
Sempre achei que cá o espírito e as tradições Carnavalescas se mantinham. Quando cá cheguei estranhei a euforia com as festas de mascarados - na época, eram festas de crianças, mas cedo comecei a participar nas festas de adultos que, igualmente eufóricos, transfiguravam-se por uns momentos de diversão - e com a Batalha das Limas.
Para quem não sabe, as "limas" são uma espécie de ovos de cera, contendo água, de fabrico caseiro. Cada um em suas casas, ou em grupos, montam a sua linha de produção: parafina líquida deitada nas formas metálicas que depois de fechadas são chocalhadas; depois de seca a parafina está feito o ovo e é só furar, encher de água e fechar novamente para finalmente irmos batalhar.
A tradição das limas foi-se desvanecendo porque as noitadas de festas não deixavam muito tempo, e paciência (ou sobriedade), para tão laboriosa tarefa.
Apareceram então os sacos de plástico com água.
Mas a Batalha manteve-se na mesma, na tarde de terça-feira na Avenida Marginal, com os "dos prédios" a degladiarem-se com os "dos camiões" e outros, como eu, que se mantinham na rua.
Se as festas de mascarados se mantém iguais (pelo menos aquelas a que fui há 12 anos e que foi ontem), a batalha foi perdendo alguma da sua tradição para ganhar alguma brutalidade. Não raro as idas para o hospital com cabeças partidas e os olhos negros (e por uma unha negra, ou melhor, por uma lima toda de cera, quase perfurados) sucederam-se, a ponto de eu própria já não ter autorização para batalhar se não fosse com o capacete de esgrima do meu avô.
Este foi o Carnaval que eu conheci e que me marcou. Festas particulares ou não, com tema de máscara; organização de grupos de mascarados que se passeavam e batiam de porta em porta, em casa dos amigos, para serem "descobertos", "assaltos", ou seja, festas organizadas por um grupo de amigos, em casa de outros que, desta forma eram "assaltados"; tudo a culminar na batalha.
Eram estas as tradições que se mantinham e que espelhavam a cultura e vivência micaelense do Carnaval. Quando aqui escrevi que era a favor de tradições, era a tradições como estas que me referia.
Pelos vistos, e como muito bem analisa o Pedro no seu post "Carnavais, Ou de como a ditadura do pimba vai arruinar este país", alguém está a subverter todo este sistema, importando festejos e desfiles que não são nossos e que nada têm a ver com o espírito micaelense.
Destruição gratuita (não obstante os custos sejam suportados por todos nós) da tradição que eu não subscrevo.
Mas eu não sou eleitora em São Miguel....
Sempre achei que cá o espírito e as tradições Carnavalescas se mantinham. Quando cá cheguei estranhei a euforia com as festas de mascarados - na época, eram festas de crianças, mas cedo comecei a participar nas festas de adultos que, igualmente eufóricos, transfiguravam-se por uns momentos de diversão - e com a Batalha das Limas.
Para quem não sabe, as "limas" são uma espécie de ovos de cera, contendo água, de fabrico caseiro. Cada um em suas casas, ou em grupos, montam a sua linha de produção: parafina líquida deitada nas formas metálicas que depois de fechadas são chocalhadas; depois de seca a parafina está feito o ovo e é só furar, encher de água e fechar novamente para finalmente irmos batalhar.
A tradição das limas foi-se desvanecendo porque as noitadas de festas não deixavam muito tempo, e paciência (ou sobriedade), para tão laboriosa tarefa.
Apareceram então os sacos de plástico com água.
Mas a Batalha manteve-se na mesma, na tarde de terça-feira na Avenida Marginal, com os "dos prédios" a degladiarem-se com os "dos camiões" e outros, como eu, que se mantinham na rua.
Se as festas de mascarados se mantém iguais (pelo menos aquelas a que fui há 12 anos e que foi ontem), a batalha foi perdendo alguma da sua tradição para ganhar alguma brutalidade. Não raro as idas para o hospital com cabeças partidas e os olhos negros (e por uma unha negra, ou melhor, por uma lima toda de cera, quase perfurados) sucederam-se, a ponto de eu própria já não ter autorização para batalhar se não fosse com o capacete de esgrima do meu avô.
Este foi o Carnaval que eu conheci e que me marcou. Festas particulares ou não, com tema de máscara; organização de grupos de mascarados que se passeavam e batiam de porta em porta, em casa dos amigos, para serem "descobertos", "assaltos", ou seja, festas organizadas por um grupo de amigos, em casa de outros que, desta forma eram "assaltados"; tudo a culminar na batalha.
Eram estas as tradições que se mantinham e que espelhavam a cultura e vivência micaelense do Carnaval. Quando aqui escrevi que era a favor de tradições, era a tradições como estas que me referia.
Pelos vistos, e como muito bem analisa o Pedro no seu post "Carnavais, Ou de como a ditadura do pimba vai arruinar este país", alguém está a subverter todo este sistema, importando festejos e desfiles que não são nossos e que nada têm a ver com o espírito micaelense.
Destruição gratuita (não obstante os custos sejam suportados por todos nós) da tradição que eu não subscrevo.
Mas eu não sou eleitora em São Miguel....
Ressurreição?
Ainda durante a ditadura havia um jornalista que chegou a gozar de alguma celebridade, por escrever no jornal “República” farpas queirosianas contra algumas figuras gradas do regime (algumas delas micaelenses!). Após a Revolução, creio que ainda em 1974, era necessário destruir a “perigosa” direita, nessa altura brilhantemente representada por Freitas do Amaral e Amaro da Costa.
Para isso foi o verrinoso jornalista convocado para entrevistar Freitas do Amaral na TV.
Naquela altura as entrevistas e debates políticos tinham enorme importância para os que, habituados a viver em ditadura, não estavam com eles familiarizados e eram uma novidade saborosíssima.
O distinto jornalista entrou a matar e pronto a “farpear” senão mesmo “estocar”, o então jovem, incómodo e supostamente inexperiente político. Com uma compostura, lucidez e serenidade admiráveis Freitas do Amaral “derreteu” o fogoso jornalista. De nada valeram ao jornalista os gritos, os gestos, o desespero. Foi publicamente destruído e, coberto de vergonha e de ridículo, desapareceu. Nunca mais se ouviu falar dele!
Agora, trinta anos passados, apareceu na TV a lançar um livro! Inteiro, com braços, pernas e tudo. Ainda bem. Cheguei a julgar que se suicidara. Do antigamente já só conserva o nome. Chama-se ainda Artur Portela, Filho.
Por Carlos
A vantagem de estar "em casa" é poder "visitar" estas e outras memórias do meu pai.
Para isso foi o verrinoso jornalista convocado para entrevistar Freitas do Amaral na TV.
Naquela altura as entrevistas e debates políticos tinham enorme importância para os que, habituados a viver em ditadura, não estavam com eles familiarizados e eram uma novidade saborosíssima.
O distinto jornalista entrou a matar e pronto a “farpear” senão mesmo “estocar”, o então jovem, incómodo e supostamente inexperiente político. Com uma compostura, lucidez e serenidade admiráveis Freitas do Amaral “derreteu” o fogoso jornalista. De nada valeram ao jornalista os gritos, os gestos, o desespero. Foi publicamente destruído e, coberto de vergonha e de ridículo, desapareceu. Nunca mais se ouviu falar dele!
Agora, trinta anos passados, apareceu na TV a lançar um livro! Inteiro, com braços, pernas e tudo. Ainda bem. Cheguei a julgar que se suicidara. Do antigamente já só conserva o nome. Chama-se ainda Artur Portela, Filho.
Por Carlos
A vantagem de estar "em casa" é poder "visitar" estas e outras memórias do meu pai.
segunda-feira, fevereiro 16, 2004
Felicidade
Tristeza não tem fim
Felicidade sim
A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranqüila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor
A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
Pra tudo se acabar na quarta-feira
Tristeza não tem fim
Felicidade sim
A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar
A minha felicidade está sonhando
Nos olhos da minha namorada
É como esta noite, passando, passando
Em busca da madrugada
Falem baixo, por favor
Pra que ela acorde alegre com o dia
Oferecendo beijos de amor
A felicidade é uma coisa boa
E tão delicada também
Tem flores e amores
De todas as cores
Tem ninhos de passarinhos
Tudo de bom ela tem
E é por ela ser assim tão delicada
Que eu trato dela sempre muito bem
(Vinicius de Moraes)
Felicidade sim
A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranqüila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor
A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
Pra tudo se acabar na quarta-feira
Tristeza não tem fim
Felicidade sim
A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar
A minha felicidade está sonhando
Nos olhos da minha namorada
É como esta noite, passando, passando
Em busca da madrugada
Falem baixo, por favor
Pra que ela acorde alegre com o dia
Oferecendo beijos de amor
A felicidade é uma coisa boa
E tão delicada também
Tem flores e amores
De todas as cores
Tem ninhos de passarinhos
Tudo de bom ela tem
E é por ela ser assim tão delicada
Que eu trato dela sempre muito bem
(Vinicius de Moraes)
A lata...
Quando era miúda tinha latas. Uma colecção dos recepientes onde, na minha meninice, passaram a ser servidos os refrigerantes e as cervejas. Em Portugal, ficava com as que sobravam de um lanche, almoço ou jantar, ou trocava-as com alguns lunáticos que, como eu, coleccionavam estes objectos. No estrangeiro, andei (e pus outros a fazê-lo também) a "catá-las" dos caixotes de lixo.
Já mais crescidinha, em vez de andar eu a recolher a lata para o meu património, deram-ma em jeito de prémio. Um canudo dourado que está para aí guardado.
E latas, ou outros ferros, foram aparecendo na minha vida.
Só ainda não comi na lata (não estive presa, e as cantinas onde fui não tinham os pratos de lata, inox ou outro).
Mas isto, claro está, no sentido literal do termo. Hoje comi numa cantina mas foi a seguir ao almoço que assisti a um dos maiores espectáculos de lata que alguma vez assisti.
Não, não fui ver Stomp. Estive em tribunal, apenas.
Até parecia que estava a ver, à frente dos meus olhos, o filme que ontem tive a oportunidade de rever (ainda que não todo): Dossier Pelicano, de seu nome.
Pois é, os tribunais são órgãos de soberania e como (neste país) não podia deixar de ser, lá também se faz política.
Que lata!
Já mais crescidinha, em vez de andar eu a recolher a lata para o meu património, deram-ma em jeito de prémio. Um canudo dourado que está para aí guardado.
E latas, ou outros ferros, foram aparecendo na minha vida.
Só ainda não comi na lata (não estive presa, e as cantinas onde fui não tinham os pratos de lata, inox ou outro).
Mas isto, claro está, no sentido literal do termo. Hoje comi numa cantina mas foi a seguir ao almoço que assisti a um dos maiores espectáculos de lata que alguma vez assisti.
Não, não fui ver Stomp. Estive em tribunal, apenas.
Até parecia que estava a ver, à frente dos meus olhos, o filme que ontem tive a oportunidade de rever (ainda que não todo): Dossier Pelicano, de seu nome.
Pois é, os tribunais são órgãos de soberania e como (neste país) não podia deixar de ser, lá também se faz política.
Que lata!
Parabéns...
A melhor guitarra de sempre.
Carlos Paredes faz hoje 79 anos e está internado, doente. Pelo que nos deixou, façamos-lhe a homenagem hoje e sempre.
O meu agradecimento e as minhas desculpas
Muito obrigada a todos os que aqui vêm, e sobretudo aos que deixam comentários.
Mas em especial a estes, desculpem-me a ineficiência do sistema.
Já é o terceiro ou quarto sistema de comentários que aqui coloco - e com que trabalheira, uffaa - mas ainda que com erros este ainda vai permitindo receber algum do vosso "feed-back". Por isso, enquanto o permitir, não vou abandoná-lo, para não perder as vossas deixas (já que, com muita pena, perdi outros comentários antigos).
Depois de clicarem para o comentário ser publicado, aguardem um pouco.
Às vezes é uma questão de uns segundos de espera (e podem estar noutras páginas a fazer outras coisas).
Outras vezes mesmo dando erro, eles acabam por ser publicados.
Tenham paciência...
Mas em especial a estes, desculpem-me a ineficiência do sistema.
Já é o terceiro ou quarto sistema de comentários que aqui coloco - e com que trabalheira, uffaa - mas ainda que com erros este ainda vai permitindo receber algum do vosso "feed-back". Por isso, enquanto o permitir, não vou abandoná-lo, para não perder as vossas deixas (já que, com muita pena, perdi outros comentários antigos).
Depois de clicarem para o comentário ser publicado, aguardem um pouco.
Às vezes é uma questão de uns segundos de espera (e podem estar noutras páginas a fazer outras coisas).
Outras vezes mesmo dando erro, eles acabam por ser publicados.
Tenham paciência...
sexta-feira, fevereiro 13, 2004
Net
Hoje a Internet persegue-me.
Começou - ou ia nas primeiras horas do dia - com a história relatada por Nuno Markl, na Best Rock, do marido que vageando na Internet, mais propriamente em sites pornográficos, descobriu a sua prórpia mulher (a cônjuge, pois) numa das páginas visitadas.
Agora, fico a saber que a Polícia Judiciária está "muito contente" por poder vir a aceder aos dados de tráfego transmitidos via "net". Pelo que já tinha lido, tratava-se do acesso apenas a dados de tráfego sem abranger o conteúdo das comunicações, mas mais uma vez as notícias são contraditórias e tudo menos elucidativas.
Por enquanto, e como estamos a meio do dia, fica só este aviso: tenham cuidado por onde "navegam".
Na "net", claro, porque a 100 milhas dos Açores é possível.
Começou - ou ia nas primeiras horas do dia - com a história relatada por Nuno Markl, na Best Rock, do marido que vageando na Internet, mais propriamente em sites pornográficos, descobriu a sua prórpia mulher (a cônjuge, pois) numa das páginas visitadas.
Agora, fico a saber que a Polícia Judiciária está "muito contente" por poder vir a aceder aos dados de tráfego transmitidos via "net". Pelo que já tinha lido, tratava-se do acesso apenas a dados de tráfego sem abranger o conteúdo das comunicações, mas mais uma vez as notícias são contraditórias e tudo menos elucidativas.
Por enquanto, e como estamos a meio do dia, fica só este aviso: tenham cuidado por onde "navegam".
Na "net", claro, porque a 100 milhas dos Açores é possível.
quinta-feira, fevereiro 12, 2004
200
Faz hoje 200 anos que faleceu
Aqui fica em sua memória.
Foi por causa dele que passei a gostar de filosofia.
Aqui fica em sua memória.
Foi por causa dele que passei a gostar de filosofia.
Cannabis
Mais uma vez estou de acordo com o Louçã.
Comprovada que esteja (a eficácia e os benefícios) , utilize-se "cannabis" para fins terapêuticos, sim.
Comprovada que esteja (a eficácia e os benefícios) , utilize-se "cannabis" para fins terapêuticos, sim.
Tão amiguinho
O Senhor Primeiro Ministro é mesmo meu amigo.
Deve ter sabido da minha incapacidade e falta de força de vontade para prosseguir com o meu tratamento e promete proibir-me de fumar no meu local de trabalho.
Só para irritá-lo - porque não vai conseguir irritar-me - vou retomar o tratamento e conseguir abandonar este maldito vício antes da entrada em vigor de tal proibição.
A questão é: irão os portugueses, nas suas empresas, cumprir com esta lei? E como será o cumprimento da mesma vigiado? Dão-se alvíssaras aos não fumadores fundamentalistas que apresentem queixas, é?
Deve ter sabido da minha incapacidade e falta de força de vontade para prosseguir com o meu tratamento e promete proibir-me de fumar no meu local de trabalho.
Só para irritá-lo - porque não vai conseguir irritar-me - vou retomar o tratamento e conseguir abandonar este maldito vício antes da entrada em vigor de tal proibição.
A questão é: irão os portugueses, nas suas empresas, cumprir com esta lei? E como será o cumprimento da mesma vigiado? Dão-se alvíssaras aos não fumadores fundamentalistas que apresentem queixas, é?
Não paga e não recebe
Hoje acordei com a notícia dos atrasos na cobrança das custas judiciais e da devolução, às partes vencedoras, das taxas de justiça que foram pagando ao longo do processo.
A senhora Ministra, que inicialmente não pretendia falar destas burocracias, parece que deu a mão à palmatória e lá foi promovida a formação dos senhores funcionários judiciais.
O que é curioso é que esta não é a primeira vez que assitimos ao "bloqueio" do sistema, por total impreparação daqueles que com ele têm de lidar.
Outros exemplos existiram, no que ao justiça diz respeito, e na sua relação com meios tecnológicos.
Com a gravação audio das audiências: a lei prevê que, pretendendo a parte obter a cópia da gravação, deve aquela fornecer a fita magnética (vulgo, cassete) a fim de ser feita a cópia no Tribunal. O que se passa é que ainda hoje e ao fim de quase 10 anos de consagração deste regime, ou porque os aparelhos audio do Tribunal não funcionam, ou porque os senhores funcionários não sabem trabalhar com eles, as cassetes do Tribunal são entregues aos advogados para que estes efectuem a cópia nos seus escritórios.
As videoconferências foram outro suplício. Pelo menos no início, os senhores funcionários não sabiam funcionar com a aparelhagem nem estabelecer as ligações pelo que aguardavam-se horas infindáveis ou inclusivamente eram adiados os julgamentos e outras diligências.
Depois veio o Habilus, um programa informático. Sempre que era preciso um papel - para um acordo feito na secretaria, por exemplo - uma guia - para pagar uma quantia ao processo - a espera no preenchimento de todos os campos exigidos era, no mínimo, desesperante. No caso dos acordos feitos na secretaria ainda tinham a lata de não aceitar as disquetes que levávamos com o texto acordado, porque o Habilus não permitia (note-se que a entrega de articulados em ficheiro informático já era, nessa altura, possível - sendo agora obrigatória - sendo muitas vezes pedidas aos advogados, pelos juízes, as "disquetes", a fim de facilitar a redacção das sentenças).
Agora são as custas.
Os senhores funcionários não nascem aprendidos, pelo que têm de aprender. Na maior parte dos casos tenho assistido a melhorias significativas depois dessa aprendizagem e da experiência feita com as tecnologias (mal-grado a persistência de um espirito que denominamos de funcionalismo)
Como quem vai ser lesado agora é o Estado, não tenho dúvidas que rapidamente vai procurar-se a solução: seja com formação ou com sanções sobre alguém.
Mas porque raio o Estado decide ser moderno e eficaz se não adopta os recursos adequados e não prepara as pessoas para os mesmos?
A senhora Ministra, que inicialmente não pretendia falar destas burocracias, parece que deu a mão à palmatória e lá foi promovida a formação dos senhores funcionários judiciais.
O que é curioso é que esta não é a primeira vez que assitimos ao "bloqueio" do sistema, por total impreparação daqueles que com ele têm de lidar.
Outros exemplos existiram, no que ao justiça diz respeito, e na sua relação com meios tecnológicos.
Com a gravação audio das audiências: a lei prevê que, pretendendo a parte obter a cópia da gravação, deve aquela fornecer a fita magnética (vulgo, cassete) a fim de ser feita a cópia no Tribunal. O que se passa é que ainda hoje e ao fim de quase 10 anos de consagração deste regime, ou porque os aparelhos audio do Tribunal não funcionam, ou porque os senhores funcionários não sabem trabalhar com eles, as cassetes do Tribunal são entregues aos advogados para que estes efectuem a cópia nos seus escritórios.
As videoconferências foram outro suplício. Pelo menos no início, os senhores funcionários não sabiam funcionar com a aparelhagem nem estabelecer as ligações pelo que aguardavam-se horas infindáveis ou inclusivamente eram adiados os julgamentos e outras diligências.
Depois veio o Habilus, um programa informático. Sempre que era preciso um papel - para um acordo feito na secretaria, por exemplo - uma guia - para pagar uma quantia ao processo - a espera no preenchimento de todos os campos exigidos era, no mínimo, desesperante. No caso dos acordos feitos na secretaria ainda tinham a lata de não aceitar as disquetes que levávamos com o texto acordado, porque o Habilus não permitia (note-se que a entrega de articulados em ficheiro informático já era, nessa altura, possível - sendo agora obrigatória - sendo muitas vezes pedidas aos advogados, pelos juízes, as "disquetes", a fim de facilitar a redacção das sentenças).
Agora são as custas.
Os senhores funcionários não nascem aprendidos, pelo que têm de aprender. Na maior parte dos casos tenho assistido a melhorias significativas depois dessa aprendizagem e da experiência feita com as tecnologias (mal-grado a persistência de um espirito que denominamos de funcionalismo)
Como quem vai ser lesado agora é o Estado, não tenho dúvidas que rapidamente vai procurar-se a solução: seja com formação ou com sanções sobre alguém.
Mas porque raio o Estado decide ser moderno e eficaz se não adopta os recursos adequados e não prepara as pessoas para os mesmos?
segunda-feira, fevereiro 09, 2004
Uma dúvida...
Não é que precise de me esclarecer, mas é sempre útil.
As minhas amigas discutem atitudes diversas a tomar perante uma mesma situação e é sempre bom saber-se como reagir.
Que fariam vocês se uma vossa filha ou filho de 4 anos dissesse o primeiro palavrão?
As minhas amigas discutem atitudes diversas a tomar perante uma mesma situação e é sempre bom saber-se como reagir.
Que fariam vocês se uma vossa filha ou filho de 4 anos dissesse o primeiro palavrão?
Está bem...
Nalguns sítios já deve cheirar ao Carnaval.
São os preparativos para os desfiles (Brasil e o Portugal que os importou), são as festarolas temáticas (aiii São Miguel, que saudades), é a marcação de férias...
No Brasil, para além do nudismo à borla a que se vai assistir, e que vai entrar pelas nossas casas (sim, porque na América do Sul as senhoras não são erradicadas dos ecráns televisivos, da apresentação da festa ou dos programas televisivos para que foram contratadas no curto prazo) anúncia-se a oferta de preservativos.
Se bem que o objectivo seja desfilar e sambar, é evidente que a nudez, o ambiente de festa e os copos irão proporcionar um maior contacto e propensão para certas relações. Por isso acho bem.
Pela única experiência que tive de uma amostra de desfile brasileiro, penso que seria útil distribuirem também umas viseiras de esgrima e umas armaduras ou coletes.
É que quando a excitação é muita e a carne é pouca (..as meninas costumam ser magrinhas..), também "voam" uns socos pelo meio.
São os preparativos para os desfiles (Brasil e o Portugal que os importou), são as festarolas temáticas (aiii São Miguel, que saudades), é a marcação de férias...
No Brasil, para além do nudismo à borla a que se vai assistir, e que vai entrar pelas nossas casas (sim, porque na América do Sul as senhoras não são erradicadas dos ecráns televisivos, da apresentação da festa ou dos programas televisivos para que foram contratadas no curto prazo) anúncia-se a oferta de preservativos.
Se bem que o objectivo seja desfilar e sambar, é evidente que a nudez, o ambiente de festa e os copos irão proporcionar um maior contacto e propensão para certas relações. Por isso acho bem.
Pela única experiência que tive de uma amostra de desfile brasileiro, penso que seria útil distribuirem também umas viseiras de esgrima e umas armaduras ou coletes.
É que quando a excitação é muita e a carne é pouca (..as meninas costumam ser magrinhas..), também "voam" uns socos pelo meio.
Está mal...
Onde é que está a igualdade se uns podem receber a reforma passados 8 anos de funções (leiam bem...eu não escrevi trabalho, escrevi "funções"), e outros quanto atingem os 55 anos de idade e outros os 65?
sábado, fevereiro 07, 2004
A minha outra face...
You are Jack the Ripper. Yours were some of the
most brutal murders recorded in history--yet
your case is still to this day unsolved. You
came from out of the fog, killed violently and
quickly and disappeared without a trace. Then
for no apparent reason, you satisfy your blood
lust with ever-increasing ferocity, culminating
in the near destruction of your final victim,
and then you vanish from the scene forever. The
perfect ingredients for the perennial thriller.
You are quite the mysteriously demented?
Which Imfamous criminal are you?
brought to you by Quizilla
quinta-feira, fevereiro 05, 2004
Fét Daiver
Afinal a questão das águas açorianas, dos barcos espanhóis (o barco, segundo o sr. Ministro) e da pesca ilegal não passa de um fét daiver.
Assim se compreendem as "ilegalidades" públicas.
Ele há fét daivers nos Negócios Estrangeiros, na Justiça, nas Finanças...
Assim se compreendem as "ilegalidades" públicas.
Ele há fét daivers nos Negócios Estrangeiros, na Justiça, nas Finanças...
Divulgação
[326] AS ILUSOES DA BLOGOSFERA (II)
Lanço um desafio aos leitores do Bloguítica que estejam interessados em participar:
Num texto entre 50 e 125 palavras, deverão descrever como é que acham que será a blogosfera portuguesa daqui a um ano.
Todos os artigos que receber (bloguitica@hotmail.com) serão publicados no Bloguítica na próxima segunda-feira. A identidade do autor (e o nome do blogue se tiver um) será revelada ou não, dependendo da vontade do mesmo.
Será certamente interessante ler os textos para a semana que vem e, sobretudo, reler em Fevereiro de 2005…
P.S. – Já agora, se faz favor, poderiam divulgar esta iniciativa nos vossos blogues?
# posted by PG : 01:27
Lanço um desafio aos leitores do Bloguítica que estejam interessados em participar:
Num texto entre 50 e 125 palavras, deverão descrever como é que acham que será a blogosfera portuguesa daqui a um ano.
Todos os artigos que receber (bloguitica@hotmail.com) serão publicados no Bloguítica na próxima segunda-feira. A identidade do autor (e o nome do blogue se tiver um) será revelada ou não, dependendo da vontade do mesmo.
Será certamente interessante ler os textos para a semana que vem e, sobretudo, reler em Fevereiro de 2005…
P.S. – Já agora, se faz favor, poderiam divulgar esta iniciativa nos vossos blogues?
# posted by PG : 01:27
Mesmo a propósito
Há uns dias falei dos japoneses. Hoje indigno-me com os americanos.
E mesmo a propósito, acabadinho de chegar ao meu e-mail:
"No primeiro dia de aulas numa escola secundária dos E.U.A. a professora apresenta aos alunos um novo colega, Sakiro Suzuki, do Japão.
A aula começa e a professora pergunta: "Vamos ver quem conhece a história americana. Quem disse: 'Dê-me a liberdade ou a morte'?"
Silêncio total na sala. Apenas Suzuki levanta a mão: "Patrick Henry em 1775 em Filadélfia".
"Muito bem, Suzuki. E quem disse: 'O estado é o povo, e o povo não pode afundar-se'?
" Suzuki levanta-se: "Abraham Lincoln em 1863 em Washington".
A professora olha os alunos e diz: "Não têm vergonha? Suzuki é japonês e sabe mais sobre a história americana que vocês!"
Então, ouve-se uma voz baixinha, lá ao fundo: "Vai tomar no cu, japonês de merda!"
"Quem foi?", grita a professora.
Suzuki levanta a mão e sem esperar, responde: "General McArthur em 1942 em Guadalcanal, e Lee Iacocca em 1982 na
Assembleia Geral da Chrysler".
A turma fica super silenciosa, apenas ouve-se do fundo da sala: "Acho que vou vomitar".
A professora grita: "Quem foi?" E Suzuki responde: "George Bush senior ao primeiro-ministro Tanaka durante um
almoço, em Tokio, em 1991".
Um dos alunos levanta-se e grita: "Chupa-me o car...!" E a professora irritada: "Acabou-se! Quem foi agora?" E Suzuki, sem hesitações: "Bill Clinton à Mónica Lewinsky, no Sala Oval da Casa Branca, em Washington, em 1997."
E outro aluno se levanta e grita: "Suzuki é um pedaço de merda!" E Suzuki responde: "Valentino Rossi no Grande Prémio de Moto no Rio de Janeiro em 2002".
A turma fica histérica, a professora desmaia, a porta abre-se e entra o director que diz: "Que grande Merda, nunca vi uma confusão destas."
Suzuki: "Manuel Durão Barroso à ministra de finanças Manuela Ferreira Leite na apresentação do orçamento de estado, em Lisboa, em 2003"."
E mesmo a propósito, acabadinho de chegar ao meu e-mail:
"No primeiro dia de aulas numa escola secundária dos E.U.A. a professora apresenta aos alunos um novo colega, Sakiro Suzuki, do Japão.
A aula começa e a professora pergunta: "Vamos ver quem conhece a história americana. Quem disse: 'Dê-me a liberdade ou a morte'?"
Silêncio total na sala. Apenas Suzuki levanta a mão: "Patrick Henry em 1775 em Filadélfia".
"Muito bem, Suzuki. E quem disse: 'O estado é o povo, e o povo não pode afundar-se'?
" Suzuki levanta-se: "Abraham Lincoln em 1863 em Washington".
A professora olha os alunos e diz: "Não têm vergonha? Suzuki é japonês e sabe mais sobre a história americana que vocês!"
Então, ouve-se uma voz baixinha, lá ao fundo: "Vai tomar no cu, japonês de merda!"
"Quem foi?", grita a professora.
Suzuki levanta a mão e sem esperar, responde: "General McArthur em 1942 em Guadalcanal, e Lee Iacocca em 1982 na
Assembleia Geral da Chrysler".
A turma fica super silenciosa, apenas ouve-se do fundo da sala: "Acho que vou vomitar".
A professora grita: "Quem foi?" E Suzuki responde: "George Bush senior ao primeiro-ministro Tanaka durante um
almoço, em Tokio, em 1991".
Um dos alunos levanta-se e grita: "Chupa-me o car...!" E a professora irritada: "Acabou-se! Quem foi agora?" E Suzuki, sem hesitações: "Bill Clinton à Mónica Lewinsky, no Sala Oval da Casa Branca, em Washington, em 1997."
E outro aluno se levanta e grita: "Suzuki é um pedaço de merda!" E Suzuki responde: "Valentino Rossi no Grande Prémio de Moto no Rio de Janeiro em 2002".
A turma fica histérica, a professora desmaia, a porta abre-se e entra o director que diz: "Que grande Merda, nunca vi uma confusão destas."
Suzuki: "Manuel Durão Barroso à ministra de finanças Manuela Ferreira Leite na apresentação do orçamento de estado, em Lisboa, em 2003"."
Puritanismos
E não é que a mama deu frutos?
Não se percebem estes americanos. Escandalizam-se porque uma maminha foi vista por cem milhões de espectadores, numa cena considerada até de "especátulo pornográfico" e expulsam a artista daquele que é o espectáculo da sua arte.
Mas esses senhores americanos não se escandalizam quando mentem em directo (e em diferido, sendo esta a mais recente e escandalosa), quando espancam em directo e quando matam em directo?
Lobby?
Confesso que já sabia disto.
Confesso que prefiro saber que estou a tomar carvão, e estar mesmo, do que tomar algo que não me liberte...
Mas, não estará para nascer mais um lobby?
Confesso que prefiro saber que estou a tomar carvão, e estar mesmo, do que tomar algo que não me liberte...
Mas, não estará para nascer mais um lobby?
domingo, fevereiro 01, 2004
Lost but certain
Um amigo uma vez contou-me a sua viagem ao Japão.
O suposto anfitrião, para além de não dar uma para a caixa em ingês, de anfitrião não teve nada.
Conclusão: a estadia foi banal, preenchida com os circuitos e roteiros habituais para os turistas e as impressões não eram as melhores. Destino não recomendável, portanto.
Depois de ver "Lost in Translation" fiquei com a mesma sensação, e compreendi melhor o post de NCS no Desejo Casar.
O suposto anfitrião, para além de não dar uma para a caixa em ingês, de anfitrião não teve nada.
Conclusão: a estadia foi banal, preenchida com os circuitos e roteiros habituais para os turistas e as impressões não eram as melhores. Destino não recomendável, portanto.
Depois de ver "Lost in Translation" fiquei com a mesma sensação, e compreendi melhor o post de NCS no Desejo Casar.