Ponta Delgada - Vandalismo Cultural ou Desenvolvimento XL
Partindo da esquina nordeste do Campo de S. Francisco, mesmo junto ao Convento da Esperança, entramos na actual Rua Dr. Gil Mont’Alverne de Sequeira.
Gil Mont'Alverne de Sequeira nasceu no Estado do Pará, Brasil, em 27 de Junho de 1859, filho de um açoriano, e veio para Ponta Delgada em 1874, com 15 anos de idade, para estudar e trabalhar. Aqui faleceu, em 10 de Novembro de 1931. Concluído o curso de Medicina, clinicou em Vila Franca de Xira e estabeleceu-se em S. Miguel, em 1889, exercendo funções de médico no Hospital de Ponta Delgada até ao fim da vida. Foi, ainda, subdelegado de Saúde, director da estação termal das Furnas e médico da Câmara Municipal de Ponta Delgada. Publicou a sua tese de formatura em 1889, intitulada "Hipnotismo e Sugestão", que lhe valeu o ingresso na Academia das Ciências de Lisboa. Era sócio também da Academia Físico-Química Italiana, de Palermo, que lhe concedeu a medalha de primeira classe de mérito científico e humanitário. Publicou, ainda, "Os Alienados nos Açores - Ensaios de Estatística", o romance "O Outono de uma Cortesã" e o drama "O Padre Ângelo". Colaborador da imprensa nacional e estrangeira, foi co-fundador do jornal "Autonomia dos Açores" e director político do "Diário dos Açores". Foi eleito deputado pelo círculo de Ponta Delgada, em 1893, participando no processo de preparação do decreto autonómico de 2 de Março de 1895. Exerceu, ainda, as funções de reitor do Liceu de Ponta Delgada, de 1904 a 1910. Da sua luta autonomista ficaram ainda os opúsculos "Questões Açorianas", publicados em Ponta Delgada, em 1891. A designação toponímica "Rua do Dr. Mont'Alverne de Sequeira" foi atribuída por deliberação camarária de 11 de Dezembro de 1931. (José Andrade, ob.cit. 2001)
Antes foi chamada de Rua de S. Brás, «Rua que vem da ermida de S. Braz para o convento de Na Sen. a da Esperança », «rua direita », « Rua dafontte grande que vai dar a São-jo[ão]» ou « rua da Fonte grande que vai para a Esperança »
Esta curta rua ao cruzar-se com a Rua da Cruz, à sua direita para o sul, e com Rua do Diário dos Açores, à esquerda para norte, muda de nome para Rua do Marquês da Praia e Monforte.
António Borges Coutinho Sousa Dias da Câmara, 3° Marquês da Praia e Monforte, faleceu em Lisboa, no dia 1 de Maio de 1913 . Protector de muitos estudantes pobres de S. Miguel, adquiriu os terrenos para a construção da Igreja de Nossa Senhora da Alegria, nas Furnas, cuja primeira pedra foi lançada em 1901, por ocasião da visita do rei D. Carlos e da rainha D. Amélia, que lhe foram hóspedes. Associando-se ao sentimento de mágoa geral, foi aprovada uma proposta, em Maio de 1913, na Câmara Municipal de Ponta Delgada, para que a Rua do Teatro passasse a denominar-se Rua do Marquês da Praia e Monforte. O mesmo sucedeu com o Largo da Calçada, nas Furnas, por proposta apresentada na Junta Geral. (in José Andrade, ob.cit., 2001).
Carlos F. Afonso
Gil Mont'Alverne de Sequeira nasceu no Estado do Pará, Brasil, em 27 de Junho de 1859, filho de um açoriano, e veio para Ponta Delgada em 1874, com 15 anos de idade, para estudar e trabalhar. Aqui faleceu, em 10 de Novembro de 1931. Concluído o curso de Medicina, clinicou em Vila Franca de Xira e estabeleceu-se em S. Miguel, em 1889, exercendo funções de médico no Hospital de Ponta Delgada até ao fim da vida. Foi, ainda, subdelegado de Saúde, director da estação termal das Furnas e médico da Câmara Municipal de Ponta Delgada. Publicou a sua tese de formatura em 1889, intitulada "Hipnotismo e Sugestão", que lhe valeu o ingresso na Academia das Ciências de Lisboa. Era sócio também da Academia Físico-Química Italiana, de Palermo, que lhe concedeu a medalha de primeira classe de mérito científico e humanitário. Publicou, ainda, "Os Alienados nos Açores - Ensaios de Estatística", o romance "O Outono de uma Cortesã" e o drama "O Padre Ângelo". Colaborador da imprensa nacional e estrangeira, foi co-fundador do jornal "Autonomia dos Açores" e director político do "Diário dos Açores". Foi eleito deputado pelo círculo de Ponta Delgada, em 1893, participando no processo de preparação do decreto autonómico de 2 de Março de 1895. Exerceu, ainda, as funções de reitor do Liceu de Ponta Delgada, de 1904 a 1910. Da sua luta autonomista ficaram ainda os opúsculos "Questões Açorianas", publicados em Ponta Delgada, em 1891. A designação toponímica "Rua do Dr. Mont'Alverne de Sequeira" foi atribuída por deliberação camarária de 11 de Dezembro de 1931. (José Andrade, ob.cit. 2001)
Antes foi chamada de Rua de S. Brás, «Rua que vem da ermida de S. Braz para o convento de Na Sen. a da Esperança », «rua direita », « Rua dafontte grande que vai dar a São-jo[ão]» ou « rua da Fonte grande que vai para a Esperança »
Esta curta rua ao cruzar-se com a Rua da Cruz, à sua direita para o sul, e com Rua do Diário dos Açores, à esquerda para norte, muda de nome para Rua do Marquês da Praia e Monforte.
António Borges Coutinho Sousa Dias da Câmara, 3° Marquês da Praia e Monforte, faleceu em Lisboa, no dia 1 de Maio de 1913 . Protector de muitos estudantes pobres de S. Miguel, adquiriu os terrenos para a construção da Igreja de Nossa Senhora da Alegria, nas Furnas, cuja primeira pedra foi lançada em 1901, por ocasião da visita do rei D. Carlos e da rainha D. Amélia, que lhe foram hóspedes. Associando-se ao sentimento de mágoa geral, foi aprovada uma proposta, em Maio de 1913, na Câmara Municipal de Ponta Delgada, para que a Rua do Teatro passasse a denominar-se Rua do Marquês da Praia e Monforte. O mesmo sucedeu com o Largo da Calçada, nas Furnas, por proposta apresentada na Junta Geral. (in José Andrade, ob.cit., 2001).
Carlos F. Afonso
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