Retalhos da vida de meu Pai (II)
Trabalhei durante alguns anos no IPO de Lisboa, numa altura em que tudo nos é fácil e risonho.
Uma vez, na consulta de Ginecologia, foi atendida uma senhora, já de certa idade, natural de Évora, por hemorragias uterinas. Observada e feita a biopsia, foi a senhora reenviada para Évora com a indicação de voltar oito dias depois para saber o resultado da biopsia e a continuação do eventual tratamento, tendo o médico passado a outro gabinete a observar outra doente.
Oito dias depois entra a doente de maca, acompanhada pelos bombeiros e família! Espantado pelo aparato e com ar preocupado o médico perguntou à filha da senhora:
- “O que aconteceu. Houve alguma complicação”?
- “ Não Sr. Dr. Ela está muito bem – tranquilizou a filha – o ferro é que incomoda muito”.
- “O ferro”???
Descoberta a doente lá estava ele, impudente – o espéculo – brilhando no próprio local onde fora colocado oito dias antes, e por lapso não retirado, tendo ido a passeio a Évora, durante “apenas” oito dias!
(Carlos F. Afonso)
Uma vez, na consulta de Ginecologia, foi atendida uma senhora, já de certa idade, natural de Évora, por hemorragias uterinas. Observada e feita a biopsia, foi a senhora reenviada para Évora com a indicação de voltar oito dias depois para saber o resultado da biopsia e a continuação do eventual tratamento, tendo o médico passado a outro gabinete a observar outra doente.
Oito dias depois entra a doente de maca, acompanhada pelos bombeiros e família! Espantado pelo aparato e com ar preocupado o médico perguntou à filha da senhora:
- “O que aconteceu. Houve alguma complicação”?
- “ Não Sr. Dr. Ela está muito bem – tranquilizou a filha – o ferro é que incomoda muito”.
- “O ferro”???
Descoberta a doente lá estava ele, impudente – o espéculo – brilhando no próprio local onde fora colocado oito dias antes, e por lapso não retirado, tendo ido a passeio a Évora, durante “apenas” oito dias!
(Carlos F. Afonso)
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