Objectos esquecidos...lembrados
O João, comentador agora assíduo, deixou há alguns dias uma sugestão num comentário sobre um tema: o dos objectos esquecidos.
Os brinquedos, utensílios, toda e qualquer coisa que cada um de nós tivesse usado (ou visto usar) numa fase da sua vida, deitado para o lado, e nunca mais tivesse lembrado ou recordado.
O mote em mim fez imediatamente recordar um objecto que, até muito recentemente, vi usar a uma pessoa que me é muito querida, e que antes apenas via em imagens nos livros ou na televisão: o bastidor, uma roda de madeira para esticar o bordado e desta forma facilitar a sua feitura.
No caso da minha avó, o bastidor era grande e custava-me perceber como lhe dava jeito manuseá-lo e ao mesmo tempo bordar. Mas como bordou na perfeição, para além do seu dom acho que devo concluir pela utilidade do bastidor.
Deixei de a ver usar e bordar com o bastidor há uns anos. Não sei se é só porque se cansou depois da imensa toalha que, entre outras, bordou para mim, ou se é também porque lhe falta a matéria prima.
Os bordados em causa - "filet", que ao que ouvi contar já muito pouca gente saberia fazer - eram feitos sobre uma rede minúscula, que passou a ser dificil encontrar.
E assim foi guardado o bastidor.
Outra relíquia guardada em casa da minha avó que nunca vi usar é uma anilha para fumar. Imaginem um anel, de onde sai um estilete tipo pinça onde se prende o cigarro.
Esta anilha era usada pela minha trisavó Felícia Leite Bicudo, que não conheci, para não ficar com os dedos amarelos.
Era uma fumadora de cigarros, em público, mas não dispensava fechar-se no seu quarto, depois do jantar, para saborear o seu bom charuto.
Por fim, relembro a casa de bonecas da minha mãe, que está lá em casa.
Para além de ter luz, estava excelente e pormenorizadamente mobilada, ao estilo arte nova.
Nas nossas brincadeiras de miúdos eu e os meus primos entretemo-nos a partir muita da mobília que havia. Outras não me lembro o que lhe possa ter acontecido.
Agora ao cuidado dos meus pais, a casa está a ser novamente recuperada.
Um fogão de ferro preto, reprodução dos antigos feito à medida e por modelo na Lagoa. Uma revista "Life", em miniatura, e outros "bibelots" trazidos da Holanda, sobre móveis feitos na ilha e outros trazidos, a maior parte da Holanda. Podem vê-la aqui.
E vocês, quais são os vossos objectos esquecidos?
Os brinquedos, utensílios, toda e qualquer coisa que cada um de nós tivesse usado (ou visto usar) numa fase da sua vida, deitado para o lado, e nunca mais tivesse lembrado ou recordado.
O mote em mim fez imediatamente recordar um objecto que, até muito recentemente, vi usar a uma pessoa que me é muito querida, e que antes apenas via em imagens nos livros ou na televisão: o bastidor, uma roda de madeira para esticar o bordado e desta forma facilitar a sua feitura.
No caso da minha avó, o bastidor era grande e custava-me perceber como lhe dava jeito manuseá-lo e ao mesmo tempo bordar. Mas como bordou na perfeição, para além do seu dom acho que devo concluir pela utilidade do bastidor.
Deixei de a ver usar e bordar com o bastidor há uns anos. Não sei se é só porque se cansou depois da imensa toalha que, entre outras, bordou para mim, ou se é também porque lhe falta a matéria prima.
Os bordados em causa - "filet", que ao que ouvi contar já muito pouca gente saberia fazer - eram feitos sobre uma rede minúscula, que passou a ser dificil encontrar.
E assim foi guardado o bastidor.
Outra relíquia guardada em casa da minha avó que nunca vi usar é uma anilha para fumar. Imaginem um anel, de onde sai um estilete tipo pinça onde se prende o cigarro.
Esta anilha era usada pela minha trisavó Felícia Leite Bicudo, que não conheci, para não ficar com os dedos amarelos.
Era uma fumadora de cigarros, em público, mas não dispensava fechar-se no seu quarto, depois do jantar, para saborear o seu bom charuto.
Por fim, relembro a casa de bonecas da minha mãe, que está lá em casa.
Para além de ter luz, estava excelente e pormenorizadamente mobilada, ao estilo arte nova.
Nas nossas brincadeiras de miúdos eu e os meus primos entretemo-nos a partir muita da mobília que havia. Outras não me lembro o que lhe possa ter acontecido.
Agora ao cuidado dos meus pais, a casa está a ser novamente recuperada.
Um fogão de ferro preto, reprodução dos antigos feito à medida e por modelo na Lagoa. Uma revista "Life", em miniatura, e outros "bibelots" trazidos da Holanda, sobre móveis feitos na ilha e outros trazidos, a maior parte da Holanda. Podem vê-la aqui.
E vocês, quais são os vossos objectos esquecidos?
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