quinta-feira, outubro 07, 2004

Antiguidades

Um comentário do El sobre a grafonola e a subsequente "troca de galhardetes" quanto ao ser antiga lembrou-me uma história e este tema.
Já aqui escrevi sobre, e lembrámos todos, os nossos objectos esquecidos, ou seja, os brinquedos, utensílios, toda e qualquer coisa que cada um de nós tivesse usado (ou visto usar) numa fase da sua vida, deitado para o lado, e nunca mais tivesse lembrado ou recordado.
A verdade é que muitos desses objectos para nós são esquecidos mas para muitos nem sequer são conhecidos ou foram encontrados.
Como a grafonola.
Este verão vivi um episódio em que pude verificar como um objecto que tanto utilizei é já uma antiguidade para a geração que me segue.
Isto porque o filho dos meus amigos Nany e João, com quase seis anos, nunca tinha utilizado ou sequer visto um telefone de disco (bem diferente dos actuais de teclas, visores e outros apetrechos que tais com que estará familiarizado).
Quando viu um em casa dos meus pais ficou, primeiro, estagnado a observá-lo como se estivesse a observar uma qualquer obra de museu (como terá observado, ao que me contaram, obras do Louvre), para depois passar a perguntar se não deveriam telefonar aos avós, certamente esquecendo-se que, a fazerem-no, os pais fariam a chamada dos seus telemóveis, como fizeram.
Lá tivemos de fazer uma experiência e do telefone de disco ligámos para o meu telemóvel. Ou melhor, ele tentou ligar e nós tivemos de explicar que não bastava carregar no buraquinho redondo onde estava o número, pois tinha de rodar o disco...
Este episódio ajudou-me a ver que eu nunca me tinha apercebido como estou a ficar antiquada!
E vocês, lembra-se de objectos que gostariam de dar a conhecer aos vossos filhos, netos ou sobrinhos?
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