Mas que raio de democracia é esta
Pacheco Pereira comentou esta noite na SIC as escutas telefónicas aos dirigentes do PS e entre elas a frase do "cagando".
Concordo que o que choca não é a expressão usada numa conversa (supostamente) particular. Não vamos ser ingénuos: seja qual for o nível, o cargo, as responsabilidades, e outros que tais, expressões como estas são usadas a nível particular, e cuidadosamente omitidas no trato social, profissional ou público em que nos expomos.
E concordo também que é chocante a ideia que as escutas divulgadas transmitem de que os altos dirigentes do PS procuraram meter uma cunha ao Ministério Público. Mas nisto eu já não era ingénua. Sempre acreditei que o fizessem...
Nos comentários de Pacheco Pereira fiquei novamente com a ideia de que não se discute sobre uma coisa que, pelos vistos, cagam para ela, mas que ninguém fala. E o segredo de justiça?
Todos o violam - políticos que o impõem legislativamente, Ministério Público e advogados - mas ninguém se senta à mesa para saber como o querem efectivamente estabelecer e/ou reprimir a sua violação?
Se é tão chocante um partido político usar das suas influências no sentido em que as parece ter usado, é mais chocante ainda que em democracia não se falem das questões só porque as mesmas são violadas - e publica e frontalmente violadas - por aqueles que pretensamente mandam no país.
Concordo que o que choca não é a expressão usada numa conversa (supostamente) particular. Não vamos ser ingénuos: seja qual for o nível, o cargo, as responsabilidades, e outros que tais, expressões como estas são usadas a nível particular, e cuidadosamente omitidas no trato social, profissional ou público em que nos expomos.
E concordo também que é chocante a ideia que as escutas divulgadas transmitem de que os altos dirigentes do PS procuraram meter uma cunha ao Ministério Público. Mas nisto eu já não era ingénua. Sempre acreditei que o fizessem...
Nos comentários de Pacheco Pereira fiquei novamente com a ideia de que não se discute sobre uma coisa que, pelos vistos, cagam para ela, mas que ninguém fala. E o segredo de justiça?
Todos o violam - políticos que o impõem legislativamente, Ministério Público e advogados - mas ninguém se senta à mesa para saber como o querem efectivamente estabelecer e/ou reprimir a sua violação?
Se é tão chocante um partido político usar das suas influências no sentido em que as parece ter usado, é mais chocante ainda que em democracia não se falem das questões só porque as mesmas são violadas - e publica e frontalmente violadas - por aqueles que pretensamente mandam no país.
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