Uma questão de Força para uns e de Solidariedade para outros
Sendo um cancro, e estando a doença sujeita a tratamentos que, mais ou menos violentos, têm também riscos e efeitos secundários (podendo até não ser eficazes) penso ser essencial a estrutura psicológica do doente.
É natural que o doente queira saber o que tem, o que deve fazer e onde chegará, isto é, se terá cura e se deixará de ter a vida marcada pelos sintomas e consequências da doença.
A primeira questão que se me coloca, pois, é até onde deve o doente saber. Na minha opinião os doentes com maioridade, ou os pais das crianças doentes (e esta doença atinge várias crianças e jovens), devem saber tudo o que se lhes espera. E de preferência por parte do médico a quem, com confiança, procuraram e que os vai seguir. É que, se não for pelo médico, sempre terão, ou poderão ter, acesso a informação por outras vias, como esta (leia-se “net”), sem qualquer possibilidade de esclarecerem dúvidas ou sossegarem medos.
A questão está, pois, em como se diz e a quem se diz.
Exige-se do médico que conheça exactamente com quem está a falar e saiba detectar as reacções do que diz em que diz. Infelizmente nem sempre assim acontece, ou por culpa do médico, ou por culpa de quem não o sabe ouvir.
Do doente exige-se a força para enfrentar a notícia da doença, os efeitos, os tratamentos, o dia-a-dia e para, enfim, ter esperança.
É demais o que se exige. Por isso é importante que não se tenha vergonha de não ter forças, que não se tenha vergonha de procurar ajudas. Se a força tem de estar dentro de cada um e tem de partir de cada um, por vezes é necessário virarmo-nos para fora para a conseguir.
Esta é a palavra que gostaria de deixar a todos os doentes e seus familiares: FORÇA!
É a palavra que me suscitam tantas doenças e que, por isso, pode parecer banal, mas acreditem que não o é. Foi o que mais admirei em pessoas com doenças graves e em alguns casos terminais (uma delas cancro, e que já não está entre nós), com quem me cruzei.
Quanto a nós, resta-nos a solidariedade.
Cada vez se torna mais fácil sabermos quem precisa de ajuda, e qual (doações de sangue, para transfusões que alguns tratamentos requerem, ou de medula, para os transplantes). Basta ler os e-mail que recebemos com apelos, ou “sites” por onde podemos navegar.
Mas não seremos egoístas demais? Não nos limitamos a reencaminhar esses “sites” sem mais nada fazer?
Contra mim própria escrevo pois, de facto, apenas me “mexi” quando senti proximidade com as situações, fossem elas de apelo ou não.
Lá diz o ditado popular “só não se sente quem não é boa gente”. Será que por nada fazermos, face a apelos mais ou menos fidedignos ou mesmo sem eles, seremos todos de má estirpe?
Parece-me que não, ou quero acreditar que não. Julgo que será o egoísmo que cada vez mais se instala e que devemos combater. Eu por mim, se bem que acredite que não vá mudar o mundo, sempre que puder mexer-me, mexer-me-ei.
É que não custa nada irmos ao CEDACE (Centro Nacional de Dadores de Células de Medula Óssea, Estaminais ou de Sangue do Cordão).
É natural que o doente queira saber o que tem, o que deve fazer e onde chegará, isto é, se terá cura e se deixará de ter a vida marcada pelos sintomas e consequências da doença.
A primeira questão que se me coloca, pois, é até onde deve o doente saber. Na minha opinião os doentes com maioridade, ou os pais das crianças doentes (e esta doença atinge várias crianças e jovens), devem saber tudo o que se lhes espera. E de preferência por parte do médico a quem, com confiança, procuraram e que os vai seguir. É que, se não for pelo médico, sempre terão, ou poderão ter, acesso a informação por outras vias, como esta (leia-se “net”), sem qualquer possibilidade de esclarecerem dúvidas ou sossegarem medos.
A questão está, pois, em como se diz e a quem se diz.
Exige-se do médico que conheça exactamente com quem está a falar e saiba detectar as reacções do que diz em que diz. Infelizmente nem sempre assim acontece, ou por culpa do médico, ou por culpa de quem não o sabe ouvir.
Do doente exige-se a força para enfrentar a notícia da doença, os efeitos, os tratamentos, o dia-a-dia e para, enfim, ter esperança.
É demais o que se exige. Por isso é importante que não se tenha vergonha de não ter forças, que não se tenha vergonha de procurar ajudas. Se a força tem de estar dentro de cada um e tem de partir de cada um, por vezes é necessário virarmo-nos para fora para a conseguir.
Esta é a palavra que gostaria de deixar a todos os doentes e seus familiares: FORÇA!
É a palavra que me suscitam tantas doenças e que, por isso, pode parecer banal, mas acreditem que não o é. Foi o que mais admirei em pessoas com doenças graves e em alguns casos terminais (uma delas cancro, e que já não está entre nós), com quem me cruzei.
Quanto a nós, resta-nos a solidariedade.
Cada vez se torna mais fácil sabermos quem precisa de ajuda, e qual (doações de sangue, para transfusões que alguns tratamentos requerem, ou de medula, para os transplantes). Basta ler os e-mail que recebemos com apelos, ou “sites” por onde podemos navegar.
Mas não seremos egoístas demais? Não nos limitamos a reencaminhar esses “sites” sem mais nada fazer?
Contra mim própria escrevo pois, de facto, apenas me “mexi” quando senti proximidade com as situações, fossem elas de apelo ou não.
Lá diz o ditado popular “só não se sente quem não é boa gente”. Será que por nada fazermos, face a apelos mais ou menos fidedignos ou mesmo sem eles, seremos todos de má estirpe?
Parece-me que não, ou quero acreditar que não. Julgo que será o egoísmo que cada vez mais se instala e que devemos combater. Eu por mim, se bem que acredite que não vá mudar o mundo, sempre que puder mexer-me, mexer-me-ei.
É que não custa nada irmos ao CEDACE (Centro Nacional de Dadores de Células de Medula Óssea, Estaminais ou de Sangue do Cordão).
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