Apelo
(Lusa)
Eu não queria falar de fogos, porque depois de alguns tempos fora destas lides, não queria falar de desgraças.
Eu não queria falar das férias do Primeiro-Ministro, porque para além de me irritar a política, ou melhor, de me irritarem os políticos, cada vez mais assisto a atitudes que, política, ética ou moralmente não deveriam verificar-se.
Mas depois de ontem, depois de ouvir a Joana falar dos seus familiares e amigos em Coimbra, e de assistir à impotência de tantos outros nas notícias, não consigo calar-me.
O Senhor Primeiro Ministro é livre de tirar férias e de ir para onde bem entende, deixando as suas funções delegadas nos que lhe assistem.
Pena é que, ao contrário de tantos outros, o faça quando mal começou a fazer qualquer coisa no seu cargo.
Pena é que, ao contrário de tantos outros, o faça quando mal começou a fazer qualquer coisa no seu cargo.
E pena é que o faça quando o País está em crise e a arder.
E pena é, que nem este, nem qualquer outro Primeiro Ministro, Governo ou autoridades tenha conseguido evitar o que de ano para ano, com mais ou menos calor, com mais ou menos seca, vemos acontecer, ao país, à terra, e às pessoas.
Senhores, façam alguma coisa para prevenir e sobretudo mostrem-nos e deixem mostrar que o fazem.
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