segunda-feira, agosto 15, 2005

U2

Com o quarto minguante a aparecer adivinhava-se uma noite quente, mas mesmo que não a estivesse o estádio cheio fervia.
A entrada de U2 no palco foi surpreendentemente silenciosa, mas já era ansiosamente esperada.
Depois foi a explosão de som, de músicas que me enlevam, e de jogos de luz e de imagens fascinantes.
Não faltaram, claro, as referências à política e à religião, quer nas palavras de Bono, quer nas imagens do painel/écran gigante do palco. A meu ver, em demasia ou, sobretudo, com uma força que não podiam deixar ninguém indiferente. Mas mesmo assim acredito que estariam ali ateus desatentos a vibrarem com os chamamentos pedidos por Bono ao "Coexistir".
Faltou, sim, algum silêncio no estádio que nos deixasse ouvir, com clareza, a voz de Bono. Esse silêncio quase só se fez em Miss Sarajevo.
Ainda assim, foi um concerto magnífico.
Diferente daquele que, ao que vim a saber aqui, os U2 deram em 1982, mas igualmente inesquecível.
Obrigada a quem tinha este bilhete a mais, e que à última hora me permtiu ir.
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