Os movimentos estudantis em Ponta Delgada
Quando fui viver para Ponta Delgada, em 1982, houve dois movimentos totalmente novos para mim.
Ainda andava no Colégio São Francisco de Xavier quando, numa aula já não me lembro de quê, ouvimos uma manifestação lá fora. Espreitando à janela vi que os manifestantes eram todos eles miúdos (não miúdos como eu, mas miúdos na mesma), estundantes do ensino secundário, que subiam a rua do Colégio, vindos do Centro de Ponta Delgada, em direcção à Escola Domingos Rebelo.
Foi aí que me explicaram: estávamos no dia 6 de Junho, dia que se comemora a Autonomia e que na época não era feriado. A manifestação era a comemoração do estatuto e foi, certamente, o gérmen do feriado que veio a ser estabelecido. E ainda dizem que os estudantes, os jovens de hoje, são da geração rasca...
O outro evento colectivo, a que assisti depois pois o meu primeiro ano escolar nos Açores só começou em Janeiro, foi no reinício das aulas depois das férias do Verão. O Liceu fazia uma verdadeira praxe aos caloiros do 7º ano, promovendo uma procissão pelas ruas de Ponta Delgada - a que assisti de uma janela da casa da minha bisavó, onde vivia, na Rua Machado dos Santos (antiga Rua de São Brás) - com os caloiros rapazes em tronco nú, e o eleito Rei, de tanga num andor. A procissão terminava junto ao Tribunal, com o Rei a declamar para a estátua do Adão.
A última vez que vi esta procissão, o Rei ia nu (e já não era miúdo, ou era bastante precoce).
Julgo que nunca mais se repetiu...
Ainda andava no Colégio São Francisco de Xavier quando, numa aula já não me lembro de quê, ouvimos uma manifestação lá fora. Espreitando à janela vi que os manifestantes eram todos eles miúdos (não miúdos como eu, mas miúdos na mesma), estundantes do ensino secundário, que subiam a rua do Colégio, vindos do Centro de Ponta Delgada, em direcção à Escola Domingos Rebelo.
Foi aí que me explicaram: estávamos no dia 6 de Junho, dia que se comemora a Autonomia e que na época não era feriado. A manifestação era a comemoração do estatuto e foi, certamente, o gérmen do feriado que veio a ser estabelecido. E ainda dizem que os estudantes, os jovens de hoje, são da geração rasca...
O outro evento colectivo, a que assisti depois pois o meu primeiro ano escolar nos Açores só começou em Janeiro, foi no reinício das aulas depois das férias do Verão. O Liceu fazia uma verdadeira praxe aos caloiros do 7º ano, promovendo uma procissão pelas ruas de Ponta Delgada - a que assisti de uma janela da casa da minha bisavó, onde vivia, na Rua Machado dos Santos (antiga Rua de São Brás) - com os caloiros rapazes em tronco nú, e o eleito Rei, de tanga num andor. A procissão terminava junto ao Tribunal, com o Rei a declamar para a estátua do Adão.
A última vez que vi esta procissão, o Rei ia nu (e já não era miúdo, ou era bastante precoce).
Julgo que nunca mais se repetiu...
<< Home