Ser ou não ser coerente?
A leitura de um comentário aqui deixado, leva-me a escrever sobre este tema como, de resto, já timidamente tinha anunciado há uns dias.
"PP & PP
Este Paulo Pedroso que, após quatro meses e meio de Reclusão Mínima Garantida (RMG) por ser arguido num processo de pedofilia, se prepara para reassumir de rosto em riste o seu lugar no Parlamento não será o mesmo que exigia, colérico, a demissão de Paulo Portas por este ser testemunha num processo de gestão danosa?" (foi tirado daqui).
Sobre esta atitude concreta já tinha conversado com alguém ("xuxa", por sinal, mas coerente).
Paulo Pedroso, se efectivamente vier a assumir o lugar no Parlamento, irá contrariar uma atitude que o seu partido cultivou quando esteve no poder: a demissão das funções públicas em órgão de soberania independentemente da culpa formada ou apontada em processo próprio para o efeito. Bastou a notícia de certos factos, indiciadora de culpa ou não... Foi assim, por exemplo, com Jorge Coelho (e o desastre de Entre-os-Rios) e com António Vitorino (e a sisa).
Para mim, isto sim é uma questão de honra, por um lado, e de coerência, por outro. E uma e outra marcam as atitudes humanas.
Penso que podemos mudar de opiniões e de atitudes perante certas coisas e, ainda assim, não sermos incoerentes. Se o fazemos é porque talvez antes não tínhamos outras perspectivas da mesma realidade, não tínhamos o saber de experiência feito, não devíamos, sequer, ter tido a veleidade de ter opinião sem uma mínima consistência. Por mudarmos deixamos de ser conformes com o que antes pensávamos ou fazíamos, mas passamos a estar mais consistentes. E ainda assim não nos tornámos num Ser incoerente. Basta que nos valores em que acreditamos não mudemos. E reconhecermos os erros (de atitude ou de pensamento) quando os cometemos.
Mas na politica, e salvo raras excepções, não é assim. Quem devia fazer assentar as suas propostas e iniciativas em valores e em opinões já sólidas e ponderadas não o faz (e isto para mim não é surpresa alguma, daí que não confie minimamente nestes senhores) e depois presta-se a ideias e atitudes ridículas.
E como incoerências conheço a quem está na política (e, sobretudo, com hipótese de por aí chegar a esse poder), ou a quem, não sendo político, gosta de ter poder, pensando que o tem ou sem inteligência para o ter, vou continuar neste posto...de observação.
"PP & PP
Este Paulo Pedroso que, após quatro meses e meio de Reclusão Mínima Garantida (RMG) por ser arguido num processo de pedofilia, se prepara para reassumir de rosto em riste o seu lugar no Parlamento não será o mesmo que exigia, colérico, a demissão de Paulo Portas por este ser testemunha num processo de gestão danosa?" (foi tirado daqui).
Sobre esta atitude concreta já tinha conversado com alguém ("xuxa", por sinal, mas coerente).
Paulo Pedroso, se efectivamente vier a assumir o lugar no Parlamento, irá contrariar uma atitude que o seu partido cultivou quando esteve no poder: a demissão das funções públicas em órgão de soberania independentemente da culpa formada ou apontada em processo próprio para o efeito. Bastou a notícia de certos factos, indiciadora de culpa ou não... Foi assim, por exemplo, com Jorge Coelho (e o desastre de Entre-os-Rios) e com António Vitorino (e a sisa).
Para mim, isto sim é uma questão de honra, por um lado, e de coerência, por outro. E uma e outra marcam as atitudes humanas.
Penso que podemos mudar de opiniões e de atitudes perante certas coisas e, ainda assim, não sermos incoerentes. Se o fazemos é porque talvez antes não tínhamos outras perspectivas da mesma realidade, não tínhamos o saber de experiência feito, não devíamos, sequer, ter tido a veleidade de ter opinião sem uma mínima consistência. Por mudarmos deixamos de ser conformes com o que antes pensávamos ou fazíamos, mas passamos a estar mais consistentes. E ainda assim não nos tornámos num Ser incoerente. Basta que nos valores em que acreditamos não mudemos. E reconhecermos os erros (de atitude ou de pensamento) quando os cometemos.
Mas na politica, e salvo raras excepções, não é assim. Quem devia fazer assentar as suas propostas e iniciativas em valores e em opinões já sólidas e ponderadas não o faz (e isto para mim não é surpresa alguma, daí que não confie minimamente nestes senhores) e depois presta-se a ideias e atitudes ridículas.
E como incoerências conheço a quem está na política (e, sobretudo, com hipótese de por aí chegar a esse poder), ou a quem, não sendo político, gosta de ter poder, pensando que o tem ou sem inteligência para o ter, vou continuar neste posto...de observação.
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