quarta-feira, junho 30, 2004

Meditando

Calei meus versos
e fui água contida
em mãos que se fecham
e areia desenhando
espirais na rajada.

Calei meus versos
e fui rochedo
no pranto da espuma
e angústia de barco
encalhado na bruma.

Calei meus versos
e fui praia deserta
meditando luar
e na cadência das vagas
vibraram poemas
arrancados ao mar!


(Artur Lobato, Contraste)

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