Choques
Não, não bati com o carro (eu sei que de ás não tenho nada mas isso ainda não me aconteceu).
Também não apanhei com nenhum dos raios da trovoada que se fez sentir e limitei-me a apanhar umas molhas, valentes.
Fiquei foi chocada.
A lei por vezes não é justa (e muitas vezes é aplicada injustamente).
A lei é muitas vezes mal feita.
Cá para mim, é porque são Homens que a fazem e a aplicam, muitas vezes a olharem mais para o seu umbigo do que propriamente para a realidade, e para o que ela precisa.
Mas já começa a ser demais.
Um aplicador de leis que "agride" publica e ordinariamente uma jornalista e agora nem consigo saber o que lhe vão fazer. Será que vão fazer?
Um ministro que, porque a lei não pareceu justa aos seus serviços, favorece uma estudante que não reunia os requisitos que vinham na lei para a sua aplicação (sendo essa estudante, com ou sem pedido de cunha, objectivamente, ao que se diz, filha de um seu colega ministro).
Agora vamos deixar de saber desse ministro, que depressa e bem se demitiu, e se calhar nem vamos discutir a questão de saber: "devem existir regimes excepcionais de acesso ao ensino? e para quem?". E já agora: "que vai acontecer ao Director-geral?". "Quem vai explicar aos crâneos que não acederam ao curso de medicina que o pai deles e o lugar deles devia ter sido outro?"
Da mesma forma que já não se ouve a discussão do "deve ou não deve haver segredo de justiça?". Chocou-me esta semana assistir a uma violação frontal desta realidade, propiciada pelas condições que o próprio Estado tem. Não é que se fazem inquirições em processos, diferentes, mas ambos em segredo de justiça em simultâneo?
É este o país que temos, pois é.
Eu nem quero a Constituição Europeia, mas se fosse para mudar o rumo disto tudo....
Também não apanhei com nenhum dos raios da trovoada que se fez sentir e limitei-me a apanhar umas molhas, valentes.
Fiquei foi chocada.
A lei por vezes não é justa (e muitas vezes é aplicada injustamente).
A lei é muitas vezes mal feita.
Cá para mim, é porque são Homens que a fazem e a aplicam, muitas vezes a olharem mais para o seu umbigo do que propriamente para a realidade, e para o que ela precisa.
Mas já começa a ser demais.
Um aplicador de leis que "agride" publica e ordinariamente uma jornalista e agora nem consigo saber o que lhe vão fazer. Será que vão fazer?
Um ministro que, porque a lei não pareceu justa aos seus serviços, favorece uma estudante que não reunia os requisitos que vinham na lei para a sua aplicação (sendo essa estudante, com ou sem pedido de cunha, objectivamente, ao que se diz, filha de um seu colega ministro).
Agora vamos deixar de saber desse ministro, que depressa e bem se demitiu, e se calhar nem vamos discutir a questão de saber: "devem existir regimes excepcionais de acesso ao ensino? e para quem?". E já agora: "que vai acontecer ao Director-geral?". "Quem vai explicar aos crâneos que não acederam ao curso de medicina que o pai deles e o lugar deles devia ter sido outro?"
Da mesma forma que já não se ouve a discussão do "deve ou não deve haver segredo de justiça?". Chocou-me esta semana assistir a uma violação frontal desta realidade, propiciada pelas condições que o próprio Estado tem. Não é que se fazem inquirições em processos, diferentes, mas ambos em segredo de justiça em simultâneo?
É este o país que temos, pois é.
Eu nem quero a Constituição Europeia, mas se fosse para mudar o rumo disto tudo....
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