terça-feira, outubro 25, 2005

Em tempo de greve...

...nada como prolongar o espírito que, afinal, se vive no dia a dia.
... Quatro funcionários públicos chamados Toda-a-Gente, Alguém ,
Qualquer-Um e Ninguém.
Havia um trabalho importante para fazer e Toda-a-Gente tinha
acerteza que Alguém o faria.
Qualquer-Um podia fazê-lo, mas Ninguém o fez.
Alguém zangou-se porque era um trabalho para Toda-a-Gente.
Toda-a-Gente pensou que Qualquer-Um podia tê-lo feito, mas Ninguém constatou que Toda-a-Gente não o faria.
No fim, Toda-a-Gente culpou Alguém, quando Ninguém fez o que Qualquer-Um poderia ter feito.
Foi assim que apareceu o Deixa-Andar, um quinto funcionário para evitar todos estes problemas...
Note-se que eu não acho que todos os funcionários públicos sejam assim, e até acho que em muitos serviços públicos algum atendimento e expediente melhorou.
Mas, há sempre excepções que confirmam a regra e a verdade é que a prática ainda corresponde muito ao que acima se retrata. E sobretudo, é isso que sente a maioria dos cidadãos...
E que não se sente, não é filho de boa gente...
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terça-feira, outubro 18, 2005

Diz-me com quem andas...

Acaba de ser anunciado pelo Primeiro Ministro que Portugal “apesar das restrições orçamentais Portugal já comprou a vacina da gripe das aves”.
A vacina, desconhecida e ambicionada pelo Mundo inteiro, deve ter sido inventada e fabricada em Portugal o que faz prever por este facto se equilibre o orçamento português.
A notícia foi dada estando o Primeiro Ministro ao lado do ilustre major Valentim Loureiro, a sua mais recente conquista…
Não se percebeu pela notícia qual dos dois foi o inventor, se o major se o Primeiro Ministro. Desconfiava-se já que o major era capaz de inventar o que quer que fosse mas supunha-se que o Primeiro Ministro não tivesse dinheiro para comprar nada…
Na realidade, o rigor tem sido o lema deste governo!
Carlos F. Afonso
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Ele há coisas...

Observo o Jornal Oficial da União Europei e surpreendida dou com um convite da Comissão à apresentação de observações relativamente a um auxílio estatal pretendido dar para programas de intervenção na luta contra a tristeza dos citrinos em Itália.
Tristeza dos citrinos???
O texto do ofício está em italiano e eu agora não posso dedicar-me a isto.
Ficam apenas, por ora, os votos para que se alegre a fruta.
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Gelada?



Your Icecream Flavour is...Neopolitan!
You aren't satisfied with just one flavor. They say variety is the spice of life and this shines through in your Ice cream of choice! Just don't eat all the chocolate and leave the strawberry and vanilla behind!

What is your Icecream Flavour?

Find out at Go Quiz

A verdade é que estes testes falham redondamente, e ainda bem!
Eu só gosto de um sabor de gelado.


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sexta-feira, outubro 14, 2005

Natal é quando o Homem quiser

Diz o povo que "Natal é quando o Homem quiser", e porque não começar desde já, e sempre que podemos, a fazer alguma caridade?
A SGS Portugal, decidiu fazê-lo e irá desenvolver um projecto a nível nacional e por região (Porto, Lisboa, Açores e Madeira) de apoio Instituições de Caridade.
A primeira iniciativa passa pela recolha de bens pessoais que, nos Açores irá decorrer até ao próximo dia 15 de Novembro, seguida da doação dos mesmos à Cáritas da Ilha de São Miguel.
Endereço-vos e peço que divulguem o convite da reponsável pela recolha, que conheço e que sei que irá empenhar-se nesta tarefa.
"Quantas coisas temos lá em casa e que não precisamos? E porque não doar esses bens a pessoas necessitadas em vez de os meter para o lix') (...)
Para tal basta verem se têm bens pessoais que já não façam uso deles (ex: cobertores, roupa de cama, toalhas, roupas e calçado para homem, mulher e criança, brinquedos, livros e material escolar, etc...)"

Os bens estão a ser recolhidos e a entrega deve ser feita no escritório da SGS Portugal em Ponta Delgada (ao cuidado de Helena Rodrigues), na Rua José do Canto, 21-2º, 9500-076 Ponta Delgada.
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segunda-feira, outubro 10, 2005

Ponta Delgada - Vandalismo Cultural ou Desenvolvimento LIII

Nos finais do séc. XVIII nasceu em Ponta Delgada um mercador, Jacinto Ignácio Rodrigues da Silveira, futuro Barão de Fonte Bela e construtor da maior fortuna que por aqui houve.

Jacinto Ignácio Rodrigues da Silveira, é o exemplo de um homem que triunfou na vida. A sorte ajudou-o sempre. Casou com uma senhora nobre da ilha Terceira, de quem não teve filhos e de sucesso que lhe trouxe poucos bens.
Herdou o vínculo instituído por seu avô paterno, que ficou alodial, em sua vida na conformidade com a lei de 19 de Maio de 1863.
Teve a sorte de ser herdeiro de várias pessoas que não eram suas parentes, dada a sua imensa simpatia, sendo o caso mais frisante a herança do Dr. António Francisco de Carvalho, de quem era caixeiro (bem como do seus irmãos) que por testamento de 18 de Janeiro de 1810 lhe legou a sua imensa fortuna. Este fora herdeiro de seus irmãos, os Drs. Dâmaso José de Carvalho e Francisco Caetano de Carvalho, o primeiro Ouvidor Eclesiástico e o segundo Secretário da Câmara Municipal de Ponta Delgada.
Com esta herança adveio-lhe a administração do altar do Trânsito de S. José, na igreja do Recolhimento de Santa Bárbara, que tinha o dote de 1.020$000 reis de capital.
A quinta do Botelho, no Livramento, herdou-a destes Drs. Carvalhos. Ampliou a casa, acrescentando-lhe uma nova ala dotada com espaçosas salas e recheando-a com tudo o que havia de bom e caro. Aumentou o jardim, fazendo-lhe socalcos com ruas e escadarias. Na parte mais baixa do prédio mandou fazer um lago de margens recortadas, para ali bordejar entre bandos de patos e fleugmáticos cisnes. Entre as várias estatuetas que decoravam os canteiros do jardim havia uma estátua de Laocoonte, bem como azulejos, jarrões entremeados com variedade de flores. Criou uma "lapinha", tanto ao gosto micaelense, onde os cacos de louças finas formavam embrechados.
Para ter água em abundância em 1828 mandou-a encanar na serra de Água de Pau.
Mandou edificar o bonito fontanário situado defronte da casa, do Botelho, do qual, mais tarde, lhe adveio o título nobiliárquico – Barão da Fonte Bela.
Adquiriu o "Paço" dos Condes da Ribeira Grande, Capitães Donatários da Ilha de S. Miguel, em Ponta Delgada mandando-o demolir e edificando no mesmo local um magnifico palácio, o maior que existe nos Açores, com portões monumentais, grandes pátios, belos salões de tectos pintados onde concentrou tudo o que havia de bom e belo, com móveis de madeiras exóticas, lustres, espelhos, quadros, tapetes, etc. Na capela tinha um crucifixo de marfim atribuído ao célebre João de Ruão.
Mandou fazer um lindo jardim e plantou uma Quinta de laranjeiras, onde se detectou pela primeira vez em S. Miguel, a "lágrima" (cocus hesperidum), a doença que dizimou os laranjais, já conhecida em outras ilhas dos Açores.
Foi um homem de negócios não só por tradição familiar, mas também por ter uma rara intuição para o comércio. Tanto explorava uma rede de tabernas em Ponta Delgada, como se associava com outros na arrematação dos Dízimos ou na compra de navios.
No seu pendor para o comércio era parecido com seu avô paterno, Simão José de Silveira, que foi primeiro desta família que veio para S. Miguel. Era natural do lugarejo de Fromariz, concelho de Coura, no Minho, onde nasceu em 23 de Dezembro de 1734. Seus pais foram Manuel Pires e Rosenda Rodrigues. Emigrou novo para Lisboa, onde tinha parentes que viviam de negócios. Exerceu profissões humildes em S. Pedro de Alcântara, em Lisboa. O ambiente em que viveu deu-lhe experiência e veio para a ilha de S. Miguel, parece que associado a esses parentes, para administrar os bens de grandes casas de quem que tinham arrematado as administrações, tais como a dos Ataídes, de Portugal, e a dos Condes da Ribeira Grande. Teve uma questão judicial com as religiosas de Santo André de Ponta Delgada, mas elas repelirem o desejo que teve de ser seu Síndico, acusando-o de demasiada avidez. Teve Patente de Vice-Cônsul da Suécia em 1752 e desempenhou o cargo de Feitor da Fazenda Real, de 1758 a 1760. Esteve estabelecido na Rua Nova da Matriz, chegando esta rua a ser designada pelo seu nome. Casou na Fajã de Baixo com uma irmã do Vigário daquele lugar. Instituiu um vínculo e veio a falecer em 16 de Julho de 1803.
Seu filho, pai do futuro Barão da Fonte Bela, Jacinto Ignácio da Silveira, casou na Fajã de Baixo e também viveu do comércio, ampliando a fortuna herdada.
Os seus filhos que casaram fizeram-no em estratos sociais mais elevados e algumas filhas desposaram filhos segundos das principais casas de Ponta Delgada. É um dos casos mais frisantes de ascensão da burguesia micaelense.
Jacinto Ignácio Rodrigues da Silveira teve, em 25 de Fevereiro de 1805, patente de Vice-Cônsul de Nápoles e em 1821 fez parte do Governo Interino que se constituiu em S. Miguel. Teve oportunidade de receber o Duque de Bragança na sua casa do Botelho, aquando da sua estadia na ilha de S. Miguel, a preparar a expedição dos 7.500 Bravos do Mindelo. Para as despesas desta expedição fez três grandes empréstimos em dinheiro. Em 1883 fez parte de uma comissão encarregada de sequestrar os bens dos miguelistas e desempenhou muitos outros cargos. A sua nobilitação pode seguir-se pelos seguintes diplomas que o distinguiram: foi Fidalgo Cavaleiro da Casa Real por alvará de 9.11.1822; Barão de Fonte Bela por decreto de 3.3.1836; nomeado Governador Civil de Ponta Delgada por decreto de 15.7.1836, cargo que desempenhou até 15.7.1837. Ingressou no Conselho de D. Maria II. Foi-lhe concedida a comenda da Ordem de Cristo e teve concessão do uso de brasão de armas em 12.3.1838, tendo sido elevado a Par do Reino por Carta de 13.3.1842, cargo de que não chegou a tomar posse. Desempenhou ainda o cargo de Prefeito da Província Oriental dos Açores entre 6.6.1835 e Fevereiro de 1836. Pouco depois da sua morte, ocorrida em 20.12.1869, sua viúva foi agraciada com o título de Condessa de Fonte Bela, por decreto de 17.12.1870. (Nota de Hugo Moreira).

Foi herdeira do Barão de Fonte Bela, uma sua sobrinha, Inês Lucinda de Andrade Albuquerque Rodrigues da Silveira, 2ª Baronesa e 2ª Condessa de Fonte Bela, filha da sua irmã Mariana Augusta da Silveira, casada com José Jacinto d'Andrade Albuquerque de Bettencourt.

Como se referiu, resolveu o futuro barão construir, com a sua imensa fortuna, um palácio em Ponta Delgada digno das suas posses. Para isso escolheu o local onde se situava o Paço dos antigos capitães do donatário da Ilha, os Condes da Ribeira Grande, iniciado no séc. XVI ainda em vida do Dr. Gaspar Frutuoso que a eles se refere como “…e há paços, de fidalgos e homens poderosos, bem lavrados, afora os que agora começa o senhor Conde, quase no meio dela,…”.
Situava-se o Paço no lado norte do Campo do Paço, depois Largo da Conceição e hoje Largo dos Mártires da Pátria, ocupando toda a vasta área delimitada pelo referido campo a sul, a Rua Coronel Silva Leal a poente, a rua Dr. Aristides Moreira da Mota, a norte e parte da Rua do Castilho.

Para fazer esta proeza, de 1817 a 1833, contratou Jacinto Inácio os melhores mestres que pode reunir e demoliu na sua totalidade, com a mentalidade do”parvenu” e o poder da sua imensa fortuna, o velho Paço dos Condes da Ribeira Grande, monumento grandioso com trezentos e tal anos ocupando uma vasta área no centro da cidade e constituído por residência, capela da invocação de Nossa Senhora da Piedade, um pequeno teatro – o único que houve em S.Miguel até ao séc. XIX, e onde em 1815 o governador Arriaga promoveu o festival celebrando os anos da Rainha – anexos, jardins, quinta e na sua ânsia de espaço, a Igreja de S. Mateus que ocupava o lado nascente do Largo!

Embora de dimensões grandiosas o edifício, na minha modesta opinião de leigo, não tem uma especial beleza, nem equilíbrio. A fachada é constituída por extenso muro liso encimado por uma varandim de ferro, cujo ritmo é quebrado pelos dois corpos laterais cada um com duas janelas avarandadas que constituem, o da esquerda o salão de baile, hoje biblioteca do liceu , com tectos preciosamente pintados a fresco e o da direita, a casa de jantar, com duas magnificas vitrines de mogno, embutidas na parede, de inspiração inglesa, mas muito provavelmente feitas em S.Miguel. É o palácio ladeado por dois portões de bela qualidade arquitectural, mas de desproporcionado tamanho para o local onde se inserem. Uma torre de volumetria exagerada domina o edifício. Nada que nos recorde a grandiosidade que seguramente tinha o velho Paço.
Se a estética do exterior não me parece muito relevante o seu interior, hoje muito deteriorado, é de dimensão funcionalidade e requinte notáveis.
Os jardins, pátios e quinta estão hoje praticamente destruídos pelas sucessivas adaptações e acrescentos que lhe foram fazendo, desde que foi adaptado a Liceu. Se outro destino lhe tivesse sido dado na altura, como sede do Governo Civil, em vez do insípido Palácio da Conceição, talvez hoje pudéssemos ter, em perfeito estado de conservação, aquela que foi a mais rica casa açoriana do séc. XIX.

A casa foi posta à venda pelos herdeiros do 3º Barão e 1º de Conde de Fonte Bela, desde 1908. A Câmara por várias vezes a tentou comprar mas não lhe chegou a verba. Em 22-12-1920, foi finalmente comprada para aí instalar o Liceu, por 221.492 escudos insulanos pagáveis em 25 anos. Em 1923 o Estado vendeu os granéis da Rua do Castilho, à firma Bensaúde e C.ª por 131 contos e o espaço onde se situou a velha Igreja de S. Mateus, por 21 contos, à firma Azevedo e Suc. O custo do valioso edifício foi de apenas 70 contos!


Fotografia do Palácio Fonte Bela tirada do vizinho Solar de Nossa Senhora de Guadalupe


Fachada do Palácio Fonte Bela no tempo em que ainda era possível vê-lo em toda a sua dimensão


Local onde se situava a Igreja de S. Mateus a nascente do Largo e demolida para construir o Palácio Fonte Bela. É hoje uma estância de madeiras e armazém duma loja de ferragens


O Palácio Fonte Bela na actualidade

Carlos F. Afonso
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terça-feira, outubro 04, 2005

Corrupto

Segundo o dicionário este adjectivo significa estragado, apodrecido, dissoluto, pervertido, desmoralizado, alterado.
Entre nós é vulgarmente aplicado aos cadáveres e aos próceres da política e administração que se dedicam ao furto, ao favorecimento em proveito próprio ou dito mais pomposamente à apropriação “inadvertida” de bens públicos.
Na sociedade civil o termo é contudo pouco usado e todo aquele que assalta Bancos ou rouba galinhas é simplesmente chamado de ladrão. Não se usa o eufemismo de chamar a um ladrão o “corrupto das galinhas” ou o dito “dos Bancos”. De igual modo a fruta dos supermercados não merece a distinção do termo. Diz-se simplesmente que está podre.
Na sociedade civil para merecer o honroso epíteto, o assaltante do Banco teria de entrar pela porta da frente, usar gravata, e não usar nem armas, nem máscara, nem calças de ganga. Só assim poderia apelidado de corrupto e, seguramente, evitaria ser simplesmente chamado de ladrão.
Quando o Estado decide fazer um grande investimento público a sociedade civil, mesquinha e desconfiada, logo lhe atribui a torpe intenção de favorecimento de alguns. Esquece-se – pobre sociedade civil – que para avaliar da integridade dos intervenientes foi cuidadosamente criado um Conselho Fiscal nomeado pela maioria governamental e pago a peso de ouro por todos nós. Se por distracção alguma irregularidade for publicitada, reúne-se apressadamente uma Comissão Parlamentar de Inquérito, tendo o cuidado de pôr em maioria os inquiridores do próprio partido do poder para que tudo seja claro, transparente e eficientíssimo.
Impede-se sempre a entrada de estranhos porque se sabe que os ajuntamentos excessivos facilitam a propagação de epidemias, as anunciadas avícolas, de consequências sanitárias imprevisíveis. Não para encobrir o que quer que seja, como aleivosamente insinua a opinião pública e a inútil oposição, mas para evitar a propagação de mais uma das tais cabalas de tão funestas consequências como a mais mortífera das epidemias.
Os corruptos, felizmente, costumam ser fáceis de identificar. Quando vemos um grupo de homens sisudos, de gravata e fato escuro, gritar espalhafatosamente numa esquina: “É uma cabala! É tudo uma cabala!”, não precisamos de ir perguntar à vizinha ou ao polícia de serviço quem são. Podemos estar seguros que estamos perante um grupo de corruptos!
Recentemente Miguel Sousa Tavares afirmou que «A corrupção é um imposto oculto que pesa sobre os Portugueses.». Não será tão oculto como os políticos gostariam, nem tão transparente como todos nós desejaríamos.
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sábado, outubro 01, 2005

Ponta Delgada - Vandalismo Cultural ou Desenvolvimento LII

Defronte da antiga portaria do Convento de Nossa Senhora da Conceição existia a Ermida das Chagas, hoje demolida.
Foi mandada construir pelo Padre Diogo de Paiva que contratou com Álvaro de Senra para colocar-lhe uma armação de tecto por 24$000 reis. Dotou-a por escritura nas notas de Pedro Castanho em 1553, como consta do testamento de 25 de Maio de 1553.
Serviu de paróquia quando se fizeram obras na vizinha Igreja de Santa Clara. Na escritura de dote do Convento da Conceição com data de 8 de Outubro de 1662, dizem os doadores que aquele convento se situava na casa de seus pais, sita às Chagas, donde se conclui que ali próximo existia esta Ermida e no fim assina como testemunha o Padre José da Costa Marcos, vigário da Igreja de S. Mateus, freguesia das Chagas.
Parece provável que esta Ermida das Chagas tenha existido no local onde hoje está a casa da guarda no canto da Conceição por ainda se lá ver uma pequena cruz de pedra, como era costume colocar nos sítios das igrejas desaparecidas.


Local onde existia a Ermida das Chagas e que está ainda hoje assinalado por uma cruz de pedra


No local à esquerda fronteiro à porta do Palácio da Conceição e à então portaria do Convento da Conceição e nas traseiras do Centro de Cultura, existia a Ermida das Chagas, um edifício originariamente quinhentista que chegou a ser transitoriamente paroquial de S. José

Carlos F. Afonso
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